Para usar as belas palavras de um grande autor o qual tomo na mais alta estima entre todos, este é um livro para todos e para ninguém. Seus leitores estarão diante de forças e intensidades de fluxos de pensamentos pouco vistos. Terá em mãos um livro de sensações tão variadas, retorcidas e transfiguradas entre si que se verá em um verdadeiro labirinto. Aos fascistas e niilistas de nosso tempo, ouso dizer que não há nada que ferirá mais profundamente ordens de certezas como essas que as perspectivas e mundos trazidos por entre essas páginas. Uma psicagogia tal que seus efeitos seriam quase curadores para os que dificilmente conseguem respeitar pensamentos opositores, para aqueles que tendem falar por outros, as vezes, sem que possam perceber. Por isso, deixo o aviso aos que estão apenas iniciando seu caminho no despertar da consciência intelectual ou, por outro lado, que já passaram demais do tempo certo para isso, que esse livro certamente deve ser considerado altamente contra indicado e se ainda houver desejo de prosseguir, as esperanças abandonadas antes de folheá-lo. Especialmente aos niilistas de coração fraco e disposição frágil, aconselho que jamais o tomem na mão. Se houver interesse em vislumbrar os mundos que se espraiam por essas páginas, ouçam-nas de terceiros. Mesmo a qualquer filósofo já acostumado ao desconcertante da natureza, esse será um território ainda demasiado hostil. Uma resposta prática a esses desafios quase inumanos? Ou ainda, para os mais hegelianos, qualquer tentativa digna de síntese teórica ante a essa antítese mortal? Talvez, daqui a no mínimo três ou quatro séculos. Mas o objetivo último desse livro, acima de qualquer outra coisa, é deixar mesmo que algum registro que seja para o que há por vir, constando cristalino como a humanidade pode ser completamente deprimente ao mesmo tempo que também pode haver um voto vencido que ousa o conhecer diferente do reconhecimento. Que ousou se embrenhar por outros caminhos ansiando autenticamente não por alguma descoberta, por ser alguma espécie de descobridor, mas por transformação, como sempre há